Universidade Federal do Espírito Santo

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Informações Gerais
Disciplina:
Antropologia para além do humano e etnografia multiespécie ( CSO17738 )
Unidade:
Departamento de Ciências Sociais
Tipo:
Optativa
Período Ideal no Curso:
Sem período ideal
Nota Mínima para Aprovação:
5.00
Carga Horária:
60
Número de Créditos:
2

Objetivos
1. Apresentar e contextualizar o histórico do debate antropológico acerca do par natureza e cultura e seus correlatos (humano e não-humano, sujeito e objeto, etc.), retomando autores clássicos e contemporâneos; 2. Compreender os fundamentos teóricos e metodológicos da proposta da Etnografia Multiespécie, incluindo seus principais conceitos; 3. Leitura de etnografias que colocam as agências não humanas, outras e mais que humanas no centro de suas análises; 4. Potencializar os alunos a sistematizar as ideias discutidas nos textos indicados no programa, para melhor compreensão do pensamento de teóricos, temas e metodologias abordados.

Ementa
Desde a crítica aos grandes divisores, a Antropologia busca abordar as relações entre humanos e não-humanos, natureza e cultura, sociedade e ambiente para além das separações e oposições estanques. A partir das questões que atravessam esse amplo debate, a disciplina propõe apresentar e discutir algumas abordagens teóricometodológicas interdisciplinares menos antropocêntricas, como aquelas que estão no cerne da Etnografia Multiespécie, cujo foco recai na agência de entes “outros” e “mais” que humanos, vivos e nao-vivos, que se encontram emaranhados às socialidades humanas.

Bibliografia
HARAWAY, D. 2017. O Manifesto das espécies companheiras - cães, pessoas e alteridade significante. In: BRANDÃO, I.; CAVALCANTI, I.; COSTA, C.L.; LIMA, A.C. Traduções da Cultura: Perspectivas Críticas Feministas 1970-2010. Florianópolis: Editora Mulheres. https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/7296920/mod_resource/content/1/Donna_Haraway_o_Ma nifesto_das_Espécies_Companheiras.pdf TSING, A. 2015. Margens Indomáveis: cogumelos como espécies companheiras. Ilha Revista de Antropologia, Florianópolis, 17(1): 177–201. https://periodicos.ufsc.br/index.php/ilha/article/view/2175-8034.2015v17n1p177. VAN DOOREN, T.; KIRKSEY, E.; MUNSTER, U. 2016. Estudos multiespécies: cultivando artes de atentividade. Incerteza, ano 3, n.7: 39-65. http://climacom.mudancasclimaticas.net.br/wpcontent/uploads/2014/12/07-Incertezas-nov-2016.pdf

Bibliografia Complementar
BATESON, G. 1986. Mente e Natureza: Uma Unidade Necessária. Rio de Janeiro, Francisco Alves. __________. 2018. Problemas de comunicação entre cetáceos e outros mamíferos. Revista Do Instituto De Estudos Brasileiros, (69): 465-477. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i69p465-477 CADENA, M. de la. 2018. “Natureza incomum: histórias do antropo-cego”. Revista Do Instituto De Estudos Brasileiros, (69): 95-117. https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i69p95-117 HARAWAY. D. 2016. Antropoceno, Capitaloceno, Plantationoceno, Chthuluceno: fazendo parentes. ClimaCom – Vulnerabilidade [Online], Campinas, ano 3, n. 5: Available from: http://climacom.mudancasclimaticas.net.br/antropocenocapitaloceno-plantationoceno-chthulucenofazendo-parentes/ KOHN, E. Como os cães sonham. 2016. Naturezas amazônicas: as políticas do engajamento transespécies. Ponto Urbe 19: 1-35. https://doi.org/10.4000/pontourbe.3326 KIRKSEY, S. E., HELMREICH, S. 2020. A emergência da etnografia multiespécies. Revista De Antropologia Da UFSCar, 12(2): 273–307. https://doi.org/10.52426/rau.v12i2.359
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