Universidade Federal do Espírito Santo

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Informações Gerais
Disciplina:
Melhoramento visando resistência a doenças ( PGGM1032 )
Unidade:
Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento
Tipo:
Optativa
Período Ideal no Curso:
Sem período ideal
Nota Mínima para Aprovação:
7.00
Carga Horária:
60
Número de Créditos:
4

Objetivos

Ementa
Conceitos básicos sobre resistência; Mecanismos de resistência estruturais e bioquímicos pré e pós-formados; Resistência monogênica e poligênica e suas consequências; Resistência induzida (SAR- Systemic Acquired Resistance); Genética da interação hospedeiro x patógeno; Fontes de resistência.; Métodos de inoculação e avaliação da resistência a doenças; Melhoramento visando à resistência a insetos; Uso da Genética Quantitativa na Resistência a Doenças; Biotecnologia e melhoramento visando à resistência. OBJETIVOS DA DISCIPLINA Geral: Proporcionar ao aluno um conhecimento de como funciona o mecanismo de resistência, genética ou adquirida, das plantas a patógenos e a insetos pragas. Específicos: 1. Despertar o interesse dos alunos pelo melhoramento visando resistência a doenças, por meio de conhecimentos teóricos e práticos; 2. Proporcionar aos alunos o conhecimento sobre as principais estratégias de condução de um programa de melhoramento genético visando resistência a patógenos e a insetos; 3. Permitir que ao final da disciplina o aluno consiga conduzir e manejar de forma correta as etapas de um programa de melhoramento genético visando resistência a patógenos e a insetos. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO UNIDADES DESCRIÇÃO 1.0 Conceitos básicos sobre a resistência. Início da agricultura; Teoria de Malthus; consequências da monocultura; Importância do melhoramento visando resistência a doenças; Conceitos básicos relacionados a resistência a doenças e a patógenos; Fatores bióticos e abióticos que favorecem a interação patógeno-hospedeiro. 2.0 Mecanismos de Resistência Estruturais e Bioquímicos Pré e Pós-Formados. Introdução; Formas de colonização dos patógenos; Tipos de colonização dos patógenos; Mecanismos de defesa estruturais das plantas pré e pós-formados; Mecanismos de defesa bioquímicos das plantas pré e pós-formados; Resistência induzida. 3.0 Resistência monogênica e poligênica e suas consequências. Introdução; Classificação da resistência; Classificação da resistência do ponto de vista epidemiológico; Classificação epidemiológica; Identificação da resistência; Estratégias de uso da resistência vertical monogênica; Outros conceitos da resistência. 4.0 Resistência induzida (SAR- Systemic Acquired Resistance). Introdução; Nutrientes como indutores de resistência; Efeito de nutrientes sobre a severidade da doença; Efeito da nutrição sobre a resistência das plantas a doenças. 5.0 Fontes de resistência. Genética da interação hospedeiro x patógeno. Introdução; Ciclo de vida do patógeno; Ciclo das relações patógeno x hospedeiro; Formas de sobrevivência dos patógenos; Formas de disseminação dos patógenos; Formas de infecção dos patógenos; Formas de controle; Futuro da interação patógeno x hospedeiro. 6.0 Fontes de resistência a doenças. Introdução; Fontes de resistência; Recursos Genéticos Vegetais; Centro de origem de espécies de importância agronômica; Risco de perda e extinção; Banco de germoplasma; Erosão Genética; Tipos de conservação de germoplasma; Caracterização e avaliação; Metodologia para identificação de fontes de resistência. 7.0 Métodos de inoculação e avaliação da resistência a doenças. Introdução; Isolamento de bactérias; Isolamento de fungos; Postulado de Koch; Preparo de inóculo; Critérios para inoculação; Métodos de inoculação; Métodos de avaliação. 8.0 Melhoramento visando resistência a insetos. Introdução; Histórico; Dificuldades; Conceitos; Tipos de resistência; Fatores que afetam a expressão da resistência; Estratégias de melhoramento; Etapas de um programa de melhoramento; Marcadores moleculares x resistência a insetos. 9.0 Uso da Genética Quantitativa na Resistência a Doenças. Introdução; Características qualitativas; Características quantitativas; Variâncias; Herdabilidade; Progresso ou Ganho com a Seleção; Interação Genótipo por Ambiente; Adaptabilidade e Estabilidade; Análise Multivariada; Correlação entre Matrizes de Distância Genética; Técnicas de Agrupamento; Método não Hierárquico; Modelos Mistos no Melhoramento de Plantas. 10.0 Biotecnologia e melhoramento visando à resistência. Introdução; importância dos marcadores moleculares para a identificação da resistência genética; Tipos de marcadores; Aplicação dos marcadores. Metodologia: Durante o período em que o ensino seguir a modalidade de Ensino Aprendizagem Remoto Temporário e Emergencial (EARTE). As aulas serão divididas em aulas síncronas e assíncronas. A carga horária das aulas síncronas será de 65%, valor superior as 25% estipuladas pela resolução nº 30/2020 de 18 de agosto de 2020 do CEPE. Já as aulas assíncronas constituirão 35% da carga horária da disciplina. Aulas síncronas: Durante as aulas síncronas serão abordados: os conteúdos programáticos da disciplina, assim como discussões de artigos científicos ou de alguma reportagem sobre os temas abordados durante as aulas (estes materiais serão disponibilizados para os alunos). Também serão realizadas discussões ou esclarecimentos de dúvidas que por ventura os alunos venham ter sobre os vídeos, com temas práticos, disponibilizados nas aulas assíncronas. Aulas assíncronas: Durante as aulas assíncronas serão disponibilizados para os alunos vídeos com conteúdos práticos de como realizar o isolamento de patógenos, como bactérias e fungos; preparo de inóculos para inoculação; métodos de inoculação; métodos de avaliação; criação e manutenção de criação de insetos vetores de patógenos, entre outras práticas. Durante as aulas síncronas serão feitas perguntas sobre o conteúdo dos vídeos disponibilizados para os alunos. Também serão disponibilizados para os alunos estudos dirigidos (sobre o assunto da aula síncrona), que os mesmos deverão responder no ambiente virtual. Caso ocorra algum imprevisto e o aluno não consiga responder no ambiente virtual, o mesmo poderá mandar o estudo dirigido por meio de e-mail. Nesta modalidade de aula, os alunos também receberão artigos científicos ou reportagens a respeito dos temas abordados em aulas síncronas. A carga horária prática de 20h (laboratório) será realizada na modalidade assíncrona em ambiente virtual, conforme descrição a cima. Recursos pedagógicos/tecnológicos: As aulas síncronas e assíncronas serão administradas por meio do ambiente virtual do Google G-Suite, conforme recomendação da Ufes, podendo eventualmente ser utilizado outro ambiente virtual que por ventura disponibilize mais recursos tecnológicos. Também serão utilizados e-books, apostilas, artigos científicos e vídeos (com conteúdos práticos). CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO A avaliação dos alunos, nesta disciplina, ocorrerá por meio de duas provas, disponibilizadas no ambiente virtual, sendo cada uma valendo 30%, totalizando ao final 60% da nota. Um trabalho escrito, cujo tema será disponibilizado com antecedência para o aluno (este trabalho poderá ao não ser apresentado por meio de seminário), que corresponderá 20% da nota. Estudos dirigidos, sobre os temas das aulas síncronas e assíncronas, valendo 20% da nota.

Bibliografia
Referências Básicas 1- Agrios G (2005) Plant Pathology. 5ª. Edição. Elsevier Academic Press. 952p. 2 - Allard, R. w. principles of plant breeding. John Wiley & Sons. (1964). 485 p. 3 - Bento, C.S.; de Souza, A.G.; Sudré. C.P.; Pimenta, S.; Rodrigues, R. (2017). Multiple genetic resistances in Capsicum spp. Genetics and Molecular Research, v. 16, p. 1-13, 2017. 4 - Bento, C.S; Rodrigues, R.; Gonçalves, L.S.A.; Oliveira, H.S.; Santos, M.H.; Pontes, M.C.; Sudré, C.P. (2013). Inheritance of resistance to Pepper yellow mosaic virus in Capsicum baccatum var. pendulum. Genetics and Molecular Research, v. 12, p. 1074-1082. 5 - Jones, J.B.; Bouzar, H.; Stall, R.E.; Almira, E.C.; Roberts, P.D.; Bowen, B.W.; Sudberry, J.; Strickler, P.M.; Chun, J. (2000) Systematic analysis of xanthomonads (Xanthomonas spp.) associated with pepper and tomato lesions. International Journal of Systematic and Evolutionary Microbiology, 50:1211-1219. 6 . Jones, J.B.; Lacy, G.H.; Bouzar, H.; Stall, R.E.; Schaad, N.W. (2004) Reclassification of the xanthomonads associated with bacterial spot disease of tomato and pepper. Syst App Microbiol 27:755-762. 7 - Jones, J.B.; Minsavage, G.V.; Roberts, P.D.; Johnson, R.R.; Kousik, C.S.; Subramanian, S.; Stall, R.E. (2002) A non-hypersensitive resistance in pepper to the bacterial spot pathogen is associated with two recessive genes. Phytopath 92: 273-277. 8 . Silva, L.R.A.; Rodrigues, R.; Pimenta, S.; Correa, J.W.S.; Araújo, M.S.B.; Bento, C.S.; Sudré, C.P. (2017). Inheritance of bacterial spot resistance in Capsicum annuum var. annuum. Genetics and Molecular Research, v. 16, p. 1-11, 2017. 9 - Song, R.; Li, J.; Xie, C.; Jian, W.; Yang, X. (2020). An Overview of the Molecular Genetics of Plant Resistance to the Verticillium Wilt Pathogen Verticillium dahliae. International Journal of Molecular Sciences, 21: 1-16. 10 . Suraby, E.J.; Babu, K.N.; Praasath, D.; Anandaraj, M. (2020). Identification of resistance gene analogs involved in Phytophthora capsici recognition in black pepper (Piper nigrum L.). Journal of Plant Pathology,102: 1121.1131. Referências Complementares Discussão em sala de artigos selecionados publicados nos últimos dois anos nos periódicos Plant Breeding, Euphytica, Journal of Phytopathology, Phytopathology, Crop Breeding and Applied Biotechnology, Fitopatologia Brasileira, entre outros.

Bibliografia Complementar
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