Universidade Federal do Espírito Santo

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Informações Gerais
Disciplina:
Processos Comunitários e Mobilização Social ( SSO00016 )
Unidade:
Departamento de Serviço Social
Tipo:
Obrigatória
Período Ideal no Curso:
5
Nota Mínima para Aprovação:
5.00
Carga Horária:
60
Número de Créditos:
4

Objetivos
Compreender as possibilidades dos processos comunitários a partir dos seus fundamentos teórico-metodológicos e técnico-operativos para a autonomia dos grupos em seus projetos societários. Aprofundar conhecimentos sobre a atuação profissional do Assistente Social neste campo de intervenção.

Ementa
O trabalho do assistente social com indivíduos, famílias, grupos e coletividades. Os conceitos e experiências de educação popular, pesquisa-ação e assessoria. Processos comunitários e organizativos de formação da consciência, mobilização social e formação cultural. O desenvolvimento integral e sustentável e suas implicações econômicas, sociais e políticas. Produção de materiais pedagógicos e socialização de informações. Análise de experiências junto aos movimentos sociais e as estratégias profissionais.

Bibliografia
1ª parte: O processo de dissolução da esfera pública da vida social e a produção da experiência social moderna;   Unidade 1: Comunidades e relações fetichistas na história   Nesta unidade, procuraremos desenvolver as discussões sobre os sentidos de comunidade, tendo em vista elementos históricos, culturais e antropológicos.   ADORNO, T. W. Educação após Auschwitz. In. COHN, G. (org.); FERNANDES, F. (coord.) Theodor W. Adorno. São Paulo: Ática, 1994. Coleção Grandes Cientistas Sociais.  p. 33-45.   BENJAMIN, W. Magia e técnica, arte e política. Ensaios sobre literatura e história da cultura. Obras escolhidas. v. 1. São Paulo: Brasiliense, 1994. LUKÁCS, G. Condicionamento e significação histórico-filosófica do romance. In. ___________. A teoria do romance. Editorial Presença: Lisboa, p. 85-95.   MARX, K. O capital. Volume 1, cap. 4 e 5. SENNET, R. O declínio do homem público: as tiranias da intimidade. Editora Record: Rio de Janeiro/São Paulo, 2014. SCHOLZ, R. O valor é o homem: teses sobre a socialização pelo valore a relação entre os sexos. Disponível em: http://novosestudos.uol.com.br/v1/files/uploads/contents/79/20080626_o_valor_e_o_homem.pdf Acesso em: 02/03/2016. SCHOLZ, R. Homo Sacer e Os Ciganos O Anticiganismo – Reflexões sobre uma variante essencial e por isso esquecida do racismo moderno. Disponível em: http://obeco.planetaclix.pt/roswitha-scholz7.htm Acesso em: 02/03/2016. THOMPSON, E. P. Costumes em comum. Estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.   Unidade 2: Tradições e memória social; formas de resistência às relações sociais fetichistas na história; processos de (re)construção da esfera pública da vida social   ARENDT , H. Entre o passado e o futuro. 7 ed. São Paulo: Perspectiva, 2013. CERTEAU, M. A invenção do cotidiano: artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 2014.   GONZÁLEZ, H. A Comuna de Paris: os assaltantes do céu. São Paulo: Brasiliense, 1999. MAUSS, M. Ensaios de sociologia. São Paulo: Perspectiva, 2009. p. 100-127; 141-187; 351-356.   NEGT, O. Dialética e história: crise e renovação do marxismo. Editora Movimento: Porto Alegre, 1984.   2ª parte: A necessidade de reconstrução da esfera pública da vida social em tempos de crise da modernidade e barbárie;     Unidade 3: Crise estrutural e os limites da esfera pública da vida social moderna   NETTO, J. P. Capitalismo e barbárie contemporânea. Argumentum. In. Capitalismo Monopolista e Serviço Social. Apêndice à terceira edição. v. 4, n. 1, Vitória/ES: UFES, 2012. p. 202-222. Disponível em: < http://periodicos.ufes.br/argumentum/article/viewFile/2028/2717> Acesso em: 01 out. 2013.   MÉSZÁROS, I. A crise estrutural do capital.  São Paulo: Boitempo, 2009. MENEGAT, M. “Unidos por catástrofes permanentes: o que há de novo nos movimentos sociais da América Latina” in: Anais... VII SIMPÓSIO NACIONAL ESTADO E PODER: SOCIEDADE CIVIL, 2012, Uberlândia, MG. Uberlândia: Núcleo de Pesquisa em História, Cidade e Trabalho – NUHPECIT/PPGHAIS/UFU; Niterói, RJ: Núcleo de Pesquisas sobre Estado e Poder no Brasil – NUPEP/PPGH/UFF, CAPES, 2012.   Unidade 4 – Comunidades e formas de resistência na América Latina   Os conteúdos estarão voltados para se compreender as bases históricas do pensamento de Paulo Freire. Também será discutido o fetichismo das relações e práticas sociais no Brasil pós-1964. Este estudo se faz necessário para se compreender o porquê, depois do golpe de 1964, a educação popular no Brasil - entendida a partir da pedagogia freireana - perdeu a base histórica que a sustentava. Por outro lado, desenvolveremos a hipótese de que, em decorrência da crise estrutural do capital, datada a partir dos anos 1970, a Pedagogia do Oprimido é (re) atualizada pela práxis dos “novos” movimentos sociais na América Latina.   4.1 Educação popular na obra de Paulo Freire   FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1974. FREIRE, P.; NOGUEIRA, A. Que fazer: teoria e prática em educação popular. Petrópolis: Vozes, 1988. 4.2 Os “novos” movimentos sociais na América Latina FERNANDES, M. Quando o desemprego dignifica o homem e a mulher: lições piqueteras sobre a difícil arte de organizar movimentos populares nas metrópoles neoliberais. Disponível em: < http://antivalor.atspace.com > Acesso em: 20 mar. 2011. SILVA, R. M. L. A dialética do trabalho no MST: a construção da Escola Nacional Florestan Fernandes. In. TEIXEIRA, L. M.; SILVA, R. M. L. Educação e sociedade: compromisso com o humano. São Paulo: Loyola, 2007.   Unidade 5 - Serviço Social e trabalho com comunidades em tempos de barbárie   O estudo dos textos produzidos nos anos 1970 e 1980 que procuraram sistematizar o trabalho do Serviço Social com comunidades na perspectiva do fortalecimento do caráter popular das lutas sociais – considerando que é neste ponto que reside o potencial crítico e emancipatório dos movimentos das massas subalternas. O sentido de retomar essas experiências reside na necessidade de se (re)atualizar o trabalho com comunidades no contexto de crise estrutural do capital.   AMMANN, Safira Bezerra. Movimento Popular de Bairro: de frente para o Estado, em busca do Parlamento. São Paulo: Cortez, 1991.   PALMA, Diego. A prática política dos profissionais: o caso do Serviço Social. São Paulo: Cortez, 1993.   FALEIROS, Vicente de Paula. Por um Serviço Social alternativo.In. Serviço Social e Sociedade.n. 5.Sao Paulo: Cortez, 1981.   IAMAMOTO, Marilda Vilella. Renovação e Conservadorismo no Serviço Social. 2. ed. São Paulo: Cortez,1994. Sobre o Serviço Social Alternativo.   SOUZA, Maria Luiza de. Desenvolvimento de Comunidade e participação. 9. ed. São Paulo: Cortez, 2008.  0.

Bibliografia Complementar
Filmes: O fim e o princípio (2006, Eduardo Coutinho) Ensaio sobre a cegueira (2008, Fernando Meirelles) Hannah Arendt (2013, Margarethe Von Trotta) Documentários: Cineastas indígenas
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