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Universidade Federal do Espírito Santo

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Informações Gerais
Disciplina:
Bem Viver, Cosmovisões e Ancestralidade ( PII17047 )
Unidade:
Curso em Criação - Pedagogia Intercultural Indígena
Tipo:
Optativa
Período Ideal no Curso:
Sem período ideal
Nota Mínima para Aprovação:
5.00
Carga Horária:
50
Número de Créditos:
2

Objetivos
- Compreender o conceito de bem viver na epistemologia decolonial; - Analisar a ecologia dos saberes e o reencantamento do mundo como instrumentos políticos de construção do Estado plurinacional; - Discutir o papel da oralidade e das ancestralidades quilombola e indígena na contracolonização dos saberes; Relacionar o bem viver com os direitos da natureza e a produção de alternativas ao desenvolvimento; - Analisar a formação das redes contrarracistas como horizonte estratégico na promoção de cosmovisões contracoloniais; - Analisar as práticas cotidianas de comunidades quilombolas e indígenas a partir de cosmovisões do bem viver; - Articular os aspectos técnico-científicos com os aspectos pessoais e sociais promovendo diálogos entre saberes acadêmicos e saberes tradicionais e, ao fazê-los, envidar esforços no sentido de reconhecimento dos saberes dos mestres tradicionais e populares; - Relacionar de forma dialógica com a sociedade na interação do conhecimento e da experiência acumulados na academia com o saber popular, em estreita articulação com organizações sociais.

Ementa
Ancestralidade e bem viver a partir dos cadernos de realidade; Colonialidade do saber e o eurocentrismo; Quem pode falar? Descolonizando o conhecimento e “aprendendo a dizer a sua palavra”; Oralidade e ancestralidades quilombola e indígena na contracolonização dos saberes; Conceituando “bem viver”: projetos de existências imaginando outros mundos; O envolvimento do bem viver como alternativa ao desenvolvimento neoliberal; O bem viver e os direitos da natureza; Experiências de redes contrarracistas e contracoloniais no hemisfério sul latino-americano; Elaboração de práticas individuais e coletivas de valorização da ancestralidade e o bem viver na comunidade; Elaboração de práticas individuais e coletivas de valorização da ancestralidade e o bem viver na comunidade; Produção de práticas didático-pedagógicas para o cuidado de si e o bem viver Prática extensionista: realizará por meio de projeto de extensão registrado no Portal de Projetos da Proex/Ufes, onde os/as estudantes matriculados/as serão componentes da equipe executora, sob responsabilidade do/a docente que assumir a disciplina;

Bibliografia
ACOSTA, Alberto. Bem Viver. Uma oportunidade para imaginar outros mundos. Tradução: Tadeu Breda, Orelha: Boaventura de Sousa Santos, Editora Elefante Editora; Editora Autonomia Literária.2016. Disponível em https://rosalux.org.br/wpcontent/uploads/2017/06/Bemviver.pdf DA GRAÇA COSTA, Maria. Agroecologia, ecofeminismo e bem viver: emergências decoloniais no movimento ambientalista brasileiro em “Pensamento Feminista. Hoje: Perspectivas Decolonial”. Org. Heloisa Buarque de Holanda. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020. KILOMBA, Grada. Cáp. 3 “Quem pode falar?”: Falando no centro. Descolonizando o conhecimento. Em: Memórias da plantação. Episódios do racismo cotidiano. FIORI, Ernani. Prefácio: Aprender a dizer a sua palavra. In FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.  

Bibliografia Complementar
ALBÓ, Xavier. Os Guarani e seu “Bem-Viver”. Tradução André Langer. IHU – online. Revista do Instituto Humanitas Unisinos. Edição 471/31 agosto 2015. Disponível em http://www.ihuonline.unisinos.br/artigo/6104-artigo-xavier-albo FLEURI, R. M. Aprender com os povos indígenas. Revista de Educação Pública, v. 26, n. 62/1, p. 277-294, maio 2017. Disponível em: . HECK, Dionísio Egon; Silva, Renato Santana da; Feitosa, Saulo Ferreira (organizadores). Povos indígenas: aqueles que devem viver – Manifesto contra os decretos de extermínio. Brasília: Cimi – Conselho Indigenista Missionário, 2012. LACERDA, Rosane Freire; FEITOSA, Saulo Ferreira. Bem Viver: Projeto U-tópico e Decolonial. Interritórios. Revista da Universidade Federal de Pernambuco, Caruauru, Brasil, v. 1, n.1, 2015. Disponível em https://periodicos.ufpe.br/revistas/interritorios/article/download. Acesso em 22/11/2020. MIGNOLO, Walter. Desobediencia epistémica y descolonización de lesoluçãias sociales. In VEJA, Rodrigo Cordero (org.) Formas esoluçãoder el presente. Conferencias reunidas de la Cátedra Norbert Lechner (2010-2011). Ediciones Universidad Diego Portales, 2012. Disponível em http://norbert.udp.cl/wpcontent/uploads/2013/11/Lechner_comprender_el_presente.pdf#page=23 . Acesso em 19/11/2020. NASCIMENTO JÚNIOR, Wanderley dos Reis. O paradigma do “vivir bien” no estado plurinacional da Bolívia como referente para a construção de políticas públicas emancipatórias. Revista Brasileira de Políticas Públicas e Internacionais, v. 1, n. 1, jun – ago/2016, pp. 212-234. Disponível em https://doaj.org/article/ce7d0c69fe3b4d219b949442162e4dd3 QUIJANO, Anibal. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais: perspectivas latino-aamericanas. CLACSO. Modernidade; Capitalismo; Poder Público; Sociedad; História Eurocentrismo; América Latina. Buenos Aires, 2005. Disponível em https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php?id=1366646. Acesso em 22/05/2018. Universidad de Cauca, 2015. WALSH, Catherine. Interculturalidad y (de)colonialidad: perspectivas críticas y políticas. Revista Visão Global, Joaçaba, v. 15. n. 1-2, p. 61-74, jan./dez.2012. SANTOS, Antônio Bispo dos. Colonização, Quilombos, Modos e Significações. Brasília: INCTI/UnB, 2015 SANTOS, Antonio Bispo dos. As fronteiras entre o saber orgânico e o saber sintético. In.:Tecendo redes antirracistas: Áfricas, Brasis, Portugal / organização Anderson Ribeiro Oliva [et al.].1. ed. -- Belo Horizonte : Autêntica Editora, 2019. P. 23 - 36 -- (Coleção Cultura Negra e Identidades) SOUZA, Maria Aparecida de Oliveira. “Negras nós somo, só não temo o pé no torno”: a identidade negra e de gênero em Conceição das Crioulas, Contendas / Tamboril e Santana (Salgueiro-PE) / Maria Aparecida de Oliveira Souza. – Recife: O autor, 2013 SOUZA. Maria Aparecida. Os mitos fundadores, narrativas e “as donas dos quilombos”. In.: TAPAI, Giselle de Melo Braga. Novo Código Civil. 1 ed, São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002. Acesso em: 12 jun. 2021. WALSH, Catherine. Diálogo com Catherine Walsh. Entrevista concedida a integrantes do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação do Campo da Amazônia (Geperuaz/Ufpa), do Fórum Paraense de Educação do Campo (FPEC) e da Rede de Pesquisa sobre Pedagogias Decoloniais na Amazônia (RPPDA).  
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