Universidade Federal do Espírito Santo

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Informações Gerais
Disciplina:
ENSINO E EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS ( PGEB1065 )
Unidade:
Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Ensino na Educação Básica
Tipo:
Optativa
Período Ideal no Curso:
Sem período ideal
Nota Mínima para Aprovação:
7.00
Carga Horária:
30
Número de Créditos:
2

Objetivos
Geral Enfatizar as mudanças epistemológicas e políticas no que se refere ao trato da questão étnico-racial na escola e na teoria educacional proporcionada pela introdução obrigatória do ensino de História da África e das culturas afro-brasileiras e Culturas dos Povos indígenas  articuladas as matrizes  curriculares para EB, questionando as posturas colonizadas que reverberam em preconceitos e discriminação nos espaços educativos, propondo práticas emancipatórias refletida no fortalecimento identitários implicados as memórias ancestrais do Povo Negro e Indígenas.   Específicos Discutir teorias sociais cujos princípios interpretam as relações étnico-raciais no Brasil; Aprofundar o debate acerca da legislação educacional sobre racismo e ensino de histórias e Culturas afro-brasileiras e indígenas; Conhecer os princípios legais das matrizes curriculares dos povos negros(quilombola) e povos indígenas Contribuir para o aprofundamento científico incentivando aos estudantes da Pós-Graduação a uma reflexão crítica sobre o sentido do processo de colonização impactando os processos de conhecimentos na Educação Básica implicadas as discussões étnico-raciais; Contextualizar historicamente a legislação educacional em torno do racismo e do ensino de Histórias e Culturas Afro-Brasileira e Indígenas; Discutir e elaborar estratégias pedagógicas de abordagem da diversidade étnico-racial brasileira; Problematizar o currículo da escola básica tendo em vista a grande temática da diversidade incluindo o debate e o aprofundamento do racismo e da discriminação racial; Conhecer propostas elaboradas de material didático relevante para a educação quilombola e indígenas na Educação Básica; Contribuir para reflexão dos princípios de equidade, respeito às diferenças, pluralidade, diversidade, diálogo e trocas na valorização do patrimônio cultural afro-brasileiro e e dos povos originários do Brasil.

Ementa
Teorias sociais brasileiras cujos princípios se assentam nas relações entre diferentes grupos étnico-raciais refletidas nas  história das culturas africanas e afro-brasileira e dos Conhecimentos ancestrais dos povos indígenas do Brasil; Estudos destas culturas na ancora  dos documentos  oficiais situado  nas leis 10639/2003 e 11645/2008  na obrigatoriedade  do ensino destes princípios  da  Educação Básica ao Ensino Superior;  Plano nacional de implantação das Diretrizes Curriculares Nacionais  para as relações étnico raciais na Educação Quilombola  e Diretrizes Curriculares na Educação Escolar Indígena; mudança de paradigmas perspectivando outros  olhares para o continente africano mediado pelo conhecimento dos valores civilizatórios africanos e para os etnos-conhecimentos dos povos indígenas refletindo-os nas especificidades culturais atreladas as relações entre educação, cultura e pertencimento identitário; Estratégias de abordagem das relações étnico-raciais e da diversidade destas diferentes culturas no currículo perspectivando outras concepções de mundo  e práticas educativas a serem tratadas  na Educação Básica. 

Bibliografia
1. BRASIL. Ministério da Educação. História e cultura afro-brasileira. Lei nº 10.639/03, de 09 de janeiro de 2003. Disponível em:  http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639. 2. BRASIL. Ministério da Educação. História e cultura afro-brasileira. Lei 11.645/08 de 10 de março de 2008. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645. 3. BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola. In: Brasil. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. p. 424-495. 4. BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena. In: Brasil. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. p. 374-415. 5. BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é a educação? São Paulo: Brasiliense, 2004. 6. FREIRE, Paulo. Cartas à Guiné-Bissau. registros de uma experiência em processos. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978. 7. FREIRE, Paulo. 1921-1997. Pedagogia da Indignação cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo. Editora UNESP, 2000. 8. GOMES, Nilma Lino; SILVA, Petronilha Beatriz Gonçalves. O desafio da diversidade. Experiências étnico-culturais para a formação de professores. Belo Horizonte: Autêntica, 2002. 9. GOMES, Nilma Lino. Educação, identidade negra e formação de professores/as: um olhar sobre o corpo negro e o cabelo crespo. Educação e pesquisa, São Paulo, v. 29, n. 1, p. 167- 182, 2003. 10. GOMES, Nilma Lino. Alguns termos e conceitos presentes no debate sobre relações raciais no Brasil: uma breve discussão. In: GOMES, Nilma Lino (org) Educação anti-racista: caminhos abertos pela Lei Federal nº 10.639/03. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005. 11. GOMES, Nilma Lino. Relações Étnico-Raciais, Educação e Descolonização dos Currículos. Currículo sem Fronteiras, [s. l.], v. 12, n. 1, p. 98-109, 2012. 12. KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. 1 ed. São Paulo, Companhia das Letras, 2019 13. KRENAK, Ailton. Futuro Ancestral. 1 ed. São Paulo, Companhia das Letras, 2022 14. MIRANDA, M. R.; LEAO, R. C.; STRELHOW, F. G. Por carta, escritas originárias de crianças e adolescentes indígenas para o mundo em tempo de pandemia. In: 40ª Reunião Nacional da Anped - Educação como prática de Liberdade: cartas da Amazônia para o mundo!?, Belém do Pará. Anais das reuniões nacionais da Anped, 2021. v. 01. p. 01-28. 15. MIRANDA, M. R.; LEÃO, R. C.; SERAFIM, N. J. R.; Você sabe o que é kijemi? O direito da criança indígena a Educação Escolar Diferenciada. In: NOGUEIRA, M. O. de [et al.]; Direito social em Perspectiva. São Paulo: Lex, 2021. 16. MUNDURUKU, Daniel. O caráter educativo do movimento indígena brasileiro. São Paulo; Paulinas, 2012. 17. SANTOS, Antônio. Bispo. As fronteiras entre o saber orgânico e o saber sintético, In: OLIVA, A. R. [et al.]; Tecendo redes antirracista: Áfricas, Brasis, Portugal. Belo Horizonte, Autêntica Editora, 2019. p. 23 – 35, 90-112 18. RIBEIRO, A.; Oré-Îandé: Nós Sem Vocês, Nós Com Vocês. Bahia, Edições Kurupyra, 2020. p. 12-13. 19. SMITH, Linda Tuhiwai. Descolonizando metodologias: pesquisas e povos indígenas; Tradpan. Roberto G. Barbosa. Curitiba: Ed. UFPR, 2018. 20. SILVA, Petronilha Gonçalves da. Aprender, ensinar e relações raciais no Brasil. In: Educação. Porto Alegre/RS, ano XXX .63 p489-506 set/dez 2007 21. HOFBAUER, Andreas. Raça, cultura e identidade e o “racismo à brasileira”. In: De preto a afro- descendente: trajetos de pesquisa sobre o negro, cultura negra e relações étnico-raciais no BR. São Carlos: EdUFSCAR, 2003. p. 51-68.

Bibliografia Complementar
1. BENTO, Maria Aparecida Silva. Branquitude e poder – a questão das cotas para negros. In: Sales Augusto dos Santos (org). In: Ações afirmativas e combate ao racismo nas Américas. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005. 2. CAMINHA, Pero Vaz de, 1451-1501. VILLELA, Maria Ângela. Carta a el Rey D. Manuel [Fotografia Antônio Caetano Santos Neto; Ilustrações Jorge Valente]. 2. ed. São Paulo, Ediouro, 1999. 3. CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. Índios no Brasil. História, Direitos e Cidadania. São Paulo: Claro enigma,2012. 4. CARVALHO, José Jorge de. Inclusão étnica e racial no Brasil. A questão das cotas no ensino superior. São Paulo: ATTAR Editorial, 2005. 5. CAVALLEIRO, Eliane dos Santos. Do silêncio do lar ao silêncio escolar: racismo, preconceito e discriminação na educação infantil. SP: Contexto, 2003. 6. KOPENAWA, David. ALBERT, Bruce. A queda do Céu: palavras de um xamã Yanomami; tradução Beatriz Perrone-Moisés; prefácio de Eduardo Viveiro de Castro - 1 ed - São Paulo; Companhia das Letras. 2015. 7. LIMA, Pabro (organizador). Fontes e reflexões para o Ensino de História Indígena e Afrobrasileira: uma contribuição do PIBID/FAE/UFMG. Belo Horizonte, Faculdade de Educação, 2012 8. DORRICO, Julie. DANNER, Fernando. DANNER. Leno Francisco (Orgs). Literatura Indígena Brasileira Contemporânea: autoria, autonomia e ativismo. Porto Alegre, RS: Editora FI, 2020. 9. MACIEL, Cleber. Negros Espírito Santo. In: OLIVEIRA, Osvaldo Martins (org.). Negros Espírito Santo. 2 ed. Vitória: Arquivo Público do Estado do Espírito Santo, 2016. 10. OLIVEIRA, Luiz Fernandes. Histórias da África e dos Africanos na Escola: as perspectivas para a formação dos professores de História quando a diferença se torna obrigatoriedade curricular. Tese (Doutorado em Educação). Programa de Pós-Graduação em Educação. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010. 11. TOLEDO PAIVA, Adriano. História indígena na sala de aula. Belo Horizonte, Fino Traço, 2012.  SILVÉRIO, Valter Roberto. Ações afirmativas e diversidade étnica e racial. In: Sá Augusto dos Santos (org). Ações afirmativas e combate ao racismo nas Américas Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005.
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