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A disciplina se debruça em repensar a teoria marxiana do valor, que tem como fundamento a exploração do trabalho abstrato e o fetichismo da mercadoria, compondo processualmente uma reprodução ampliada do capital, que se debate continuamente em crises ou é conduzida a uma crise fundamental conforme aumenta a composição orgânica do capital e elimina o trabalho vivo dos processos produtivos. Esse repensar passa por procurar o que está à sombra do valor, especialmente os aspectos da reprodução social, marcados pelos lugares sociais historicamente imputado às mulheres. Para fazer essa busca, partimos do delineamento da domesticação da mulher na família moderna europeia, por meio da caça às bruxas. A partir daí, retomamos o debate sobre a família patriarcal brasileira, em Gilberto Freyre, Caio Prado Jr. e Antonio Candido, para reavaliar posteriormente as críticas sobre aspectos negligenciados nestas análises clássicas. Assim, pensamos aspectos de padrões multifacetados de famílias no Brasil. Por fim, repensamos se houve a constituição de uma sociedade de camada média alargada no caso particular brasileiro e os desdobramentos críticos da família no contexto de colapso da modernização.

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