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A territorialização do capital que forma o Estado nacional brasileiro dependeu desde seu momento colonial de deslocamentos populacionais. A escravização de ameríndios e africanos para a grande lavoura, a mobilidade bandeirante, a mobilidade garimpeira, as grandes migrações de europeus e asiáticos para a América, a transumância amazônica, as migrações de nordestinos para o centro-sul do território do Estado nacional brasileiro, as migrações contemporâneas de brasileiros para o exterior, são momentos fundamentais deste processo. A territorialização do capital que forma o território do Estado nacional brasileiro mesmo sendo apenas um fenômeno de uma totalidade em processo tem particularidades importantes que permitem criticar uma visão naturalizada das relações territoriais. Estes movimentos populacionais não podem ser compreendidos sem que se estude a transformação das relações de trabalho. A disciplina pretende articular estes movimentos ao processo de modernização particularizado na formação social brasileira, em contraposição às explicações que compreendem as migrações como fatos subjetivos isolados, motivações individuais ou determinados por uma lógica estrutural.

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