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A disciplina deverá contemplar os primórdios do movimento associacionista em política, analisando as organizações políticas pré-partidárias que surgem a partir do início do século XIX. Em seguida, deverá se deter sobre os princípios constituintes do sistema partidário, tais como o mecanismo do voto, as eleições, a representação política parlamentar e a liberdade de manifestação, circunstâncias indispensáveis para a institucionalização da organização partidária. Devem ser analisados os processos históricos de configuração dos sistemas partidários (unipartidarismo, bipartidarismo e multipartidarismo), as modalidades de caracterização ideológica, política e jurídica das organizações partidárias (partidos de direita, esquerda e centro; partidos reformistas ou revolucionários; partidos legais ou clandestinos). A disciplina requer também o estudo das organizações partidárias e dos processos políticos e parlamentares, tais como coligações, alianças, blocos partidários e suprapartidários. Uma vez concluída esta primeira etapa, de caráter teórico-conceitual, é preciso introduzir o aluno no panorama histórico das organizações partidárias mais representativas das sociedades ocidentais. No que se refere ao caso brasileiro, o qual sugerimos seja tratado com maior detalhamento, a disciplina pode contemplar os seguintes aspectos: os agrupamentos políticos do Primeiro Reinado e do período regencial; a organização político-partidária e eleitoral do Segundo Reinado; o modelo unipartidário da Primeira República; o Código Eleitoral de 1932 e a organização partidária até 1937; a Redemocratização e o modelo multipartidário (1946/1964); o bipartidarismo no regime militar; a reforma partidária de 1979 e o ressurgimento de modelo multipartidário.

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