Universidade Federal do Espírito Santo

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Informações Gerais
Disciplina:
ANTROPOLOGIA DO CORPO ( CSO06456 )
Unidade:
Departamento de Ciências Sociais
Tipo:
Optativa
Período Ideal no Curso:
Sem período ideal
Nota Mínima para Aprovação:
5.00
Carga Horária:
60
Número de Créditos:
4

Objetivos
Dar tanto uma formação mais basilar sobre o tema, como aproximar os discentes de temas mais específicos e contemporâneos; Compreender que a própria importância conferida ao corpo é algo que varia historicamente; Compreender que os sentidos atribuídos ao corpo também variam de acordo com as épocas e culturas; Compreender porque, na cultura contemporânea, o corpo é revestido de uma importância sem precedentes na história, atuando como uma nova fronteira, como palco privilegiado da marcação de diferenças étnicas, culturais e simbólicas;

Ementa
Corpo e cultura. Corpo: categoria analítica, significados e práticas. Fenomenologia do corpo, "embodiment", "fachada", "performance" e "distinção". Cuidados corporais e moralidade alimentar. Técnicas e controles corporais: ordenamento, docilização, metamorfose, contenção, excitação. Estética corporal: padrões e adornos. Corpo e novas tecnologias. Corpo e Poder: família, reprodução, sexualidade;   Discussão: Nosso corpo não é algo simples e que remeta exclusivamente ao domínio da biologia. Muito pelo contrário, enquanto matriz e suporte de significados ele é extremamente complexo e diversamente pensado através do tempo e da história. “Cada sociedade tem seu corpo, assim como ela tem sua língua” (Certeau, 1982). E, do mesmo modo que a língua, o corpo está submetido à gestão social tanto quanto ele a constitui e a ultrapassa. As noções corporais, entre elas, aquelas referentes à perfeição física, são sempre construções culturais que variam de acordo com as diversas sociedades existentes, variando, portanto historicamente. O corpo, enquanto resultado provisório das convergências entre técnica e sociedade, sentimentos e objetos, pertence menos à natureza do que a cultura.

Bibliografia
BRÀS, C. A. de. Além da pele: reflexões sobre a extreme body modification en São Paulo”, in: Os urbanitas, Revista de Antropologia Urbana, ano 2, vol. 2, n. 3, dezembro de 2005; BUTLER, J. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. RJ: Civilização Brasileira, 2003; FOUCAULT, M. História da sexualidade: O cuidado de si, Rio de Janeiro, Graal, 1985; FOUCAULT, M. Os anormais. SP: Martins Fontes, 2001; GOLDENBERG, M. e RAMOS, M. S. Nu e Vestido: Dez Antropólogos Revelam a Cultura do Corpo Carioca. Rio de Janeiro, Record, 2002; MAUSS, M. Sociologia e Antropologia. São Paulo, Cosac Naif, 2003;

Bibliografia Complementar
AGAMBEN, Giorgio. Homo Sacer: o poder soberano e a vida nua I. BH: Editora UFMG, 2002; CANGUILHEM, Georges. O normal e o patológico. 6a. ed. RJ: Forense Universitária, 2009; HARAWAY, Donna. Manifesto ciborgue: ciência, tecnologia e feminismo-socialista no final do século XX. In: SILVA, Tomaz Tadeu de. Antropologia do ciborgue – as vertigens do pós-humano. BH: Autêntica, 2000, pp. 37-129; Le BRETON, David. Adeus ao corpo: antropologia e sociedade. Campinas, SP: Papirus, 2013; STRATHERN, Marilyn. O gênero da dádiva: problemas com as mulheres e problemas com a sociedade na melanésia. CPS, SP: Editora da Unicamp, 2006;
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